Valorizar o diálogo na solução de conflitos. Esta foi a principal conclusão da audiência pública realizada pela Câmara Jovem de Santos nesta quarta-feira (19 de novembro). O debate, o primeiro promovido pelos estudantes que integram o programa, reuniu alunos, profissionais da Educação e autoridades.

Casos como a briga que ocorreu na sala de aula de um colégio de Santos, envolvendo uma professora de inglês e um aluno, foram destacados durante o debate. Além de encontrar soluções para os conflitos, a Justiça Restaurativa tem como desafio ser um exercício constante de mudança real.

Para a psicóloga, diretora do Laboratório de Convivência e consultora para a implementação da Justiça Restaurativa, Mônica Mumme, “todos nós que produzimos conflitos somos as melhores pessoas para encontrar as soluções”. Assim, quando há um problema, “as pessoas que foram afetadas têm chance de trazer novos procedimentos para a convivência”.

Outro especialista que participou do debate, o juiz da Infância e Juventude, Evandro Renato Pereira, tem opinião parecida. “Quem governa a nossa vida somos nós. A contrapartida é a responsabilidade. Culpar os outros pelos problemas não é a melhor solução. Nós somos parte da solução.”

Defensor Público, Thiago Souza entende que a Justiça Restaurativa exerce importante papel, evitando que alguns casos cheguem à Justiça. “Ela é um meio alternativo e facultativo de resolução de conflitos”.

Quem também participou do debate foi a secretária-adjunta de Educação do município, Audrey Kleys. Para ela, o interesse dos jovens por esse tema é fundamental. “Vamos escutar os jovens para construir uma convivência democrática. É isso o que está acontecendo na cidade de Santos”.

Mesa
A audiência pública foi conduzida pelo presidente da Câmara Jovem, Fernando Florido. Oswaldo Kawakami, representante da Petrobras, empresa parceira do projeto Justiça Restaurativa também participou do debate, que foi transmitido pela TV, no canal 9 da NET, e pelo site da Câmara de Santos (www.camarasantos.sp.gov.br).

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